quinta-feira, 27 de março de 2008

Introdução

Neste portifólio tem como objetivo trabalhar sobre o ensino de geografia em instituições de ensino fundamental e médio.

Resenhas, comentários de artigos e bibliografia comentada sobre o ensino de geografia

Questões sobre o PCN
2) Temas relacionados com a Ética, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo, Saúde,
Orientação Sexual, Meio Ambiente, que fazem parte do universo desse cotidiano, poderão ser incluídos nas preocupações do professor de Geografia e dos demais professores das outras áreas de conhecimento do terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. É preciso lembrar que esses temas transversais são emergentes no seu cotidiano e que, além de possibilitar a formação integrada do aluno, poderão garantir o trânsito pela interdisciplinaridade no currículo das escolas.

3)Os eixos temáticos organizadores dos conteúdos no ensino da Geografia deverão estar também contemplando os temas transversais. Isso não significa abrir mão dos objetivos e metodologias específicos da área, mas abrir-se a possibilidade de introduzir esses temas para garantir uma formação integrada do aluno com o seu cotidiano, discutindo, compreendendo e explicando temas de relevância social.
Filósofos e matemáticos vêm discutindo o conceito de espaço desde há muito tempo. Porém, a preocupação da Geografia é com o espaço terrestre e a forma como a sociedade se apropria dele. Assim, é na construção do território como parte integrante da sociedade humana e em suas interações dinâmicas que se fundamenta o conceito de espaço geográfico como uma categoria no interior das ciências humanas ou sociais.
Esses pressupostos teóricos são fundamentais para que o professor possa realmente transmitir a seus alunos a perspectiva de uma forma de conhecimento da sociedade e do mundo na qual eles não estejam do lado de fora do espaço geográfico, mas sejam agentes ativos e dinâmicos de sua constituição.
Questões:

1) O que o professor precisa fazer para que o conteúdo passado não isole a sociedade da natureza?

2) Porque a Alemanha foi a primeira nação a integrar a geografia ao currículo escolar e universitário?

3) Qual é a função basicamente da geografia em seu período de institucionalização?
Bibliografias
VILLAS BOAS, Benegna Maria de Freitas. Portifólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus. 2004.
_________________________________________________________________
Fórum Simulado
Resumo

Este trabalho tem como objetivo mostrar um recurso didático que é pouco utilizado no ensino de Geografia, mas pode trazer ótimos resultados em sala de aula, o Fórum Simulado, em que é dividida a sala em três grupos, um defendendo um tema, o outro atacando e o último grupo que seria o júri, que decidiria quem mostrou melhores argumentos que o outro. Para realizar este trabalho abordamos como tema os movimentos sociais, no caso o Movimento Sem Terra, pois é como nosso texto de apoio Estudando os movimentos sociais: uma experiência de estudo do meio no MST (GOMES, 2002) diz, um tema pouco trabalhado durante o Ensino Fundamental e Médio brasileiro. Para a realização deste trabalho foram pesquisadas notícias de jornais e revistas para fornecer argumentos para os estudantes, e assim terem uma capacidade melhor de diálogo sobre o tema.

Palavras-chave: Ensino de Geografia, Fórum Simulado, Movimentos Sociais.

Introdução

A partir da proposta de realização de uma oficina, em que o objetivo principal foi a utilização de recursos didáticos que não sejam tecnológicos, como televisão, vídeos, entre outros, e a possível aplicação de mesmo em sala de aula, propomos a atividade Fórum Simulado, pautado no instrumento de ensino, recortes de jornais.
Esta oficina teve como tema norteador os movimentos sociais, dando ênfase à atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, contrapondo à atuação dos grandes proprietários de terra e os conflitos que geram desta relação social.

Estudando os movimentos sociais: Uma experiência de estudo do meio no MST

A autora começa dizendo como a mídia manipula a sociedade e desestimula o desenvolvimento do senso crítico da população numa época em que o mercado de trabalho é cada vez mais disputado.
A autora diz que o conhecimento acerca dos movimentos sociais é de grande importância, pois numa época de individualismo, o senso de coletivo passa despercebido nos olhos de nossos jovens e adolescentes.
Então foi realizado um trabalho no Colégio Aplicação da USP com os alunos do segundo ano do ensino médio com o tema “Terra e trabalho”, não sendo aplicada apenas na geografia, mas explorada toda a interdisciplinaridade possível, com matérias como história, matemática e artes, durante quatro anos.
Para realizar o trabalho foram mostrados vídeos e fotos, além da realização de uma mesa-redonda com o Prof. Doutor Ariovaldo Umbelino de Oliveira, durante uma semana para a preparação de um trabalho de campo que tinha como destino conhecer os assentamentos de Itapeva-SP.
Mas para um melhor aproveitamento do trabalho de campo, foi ampliada a rede de visitas para algumas indústrias da região assim como uma escola técnica agrícola do MST.
Na questão dos estudos geográficos sobre a região em pesquisa, foram mostrados na sala de aula tabelas, gráficos, uso do solo na região, assim como foram estudadas a cartografia e textos que visavam estimular a produção escrita dos alunos.
Uma coisa importante que não se pode esquecer, segundo a autora, é a maneira de como a mídia repassa as informações dos movimentos sociais em geral, colocando a opinião pública contra o movimento, afirmando que eles invadem as terras dos outros, ocupam por ser improdutiva, ocultando o fato da improdutividade da fazenda, e assim continuaríamos por um longo caminho descrevendo essa maneira.
Após toda a parte preparatória, foi realizado o trabalho de campo, sendo a duração do mesmo de três dias. No primeiro dia fariam a viagem de 6 horas e conheceriam a cidade toda, almoçando por lá e verificando o grande desemprego que existia lá devido as indústrias terem reduzido o quadro de funcionários.
No segundo dia ocorreu a visita de um acampamento e um assentamento do MST, almoçando com os mesmos, que segundo a autora, poucos jovens encontraram resistência em comer com os assentados e acampados.
Já no terceiro dia visitariam uma indústria de cal e cimento onde é visível o alto grau de automatização das indústrias, percebendo-se assim que grandes indústrias não geram tantos empregos como é divulgada pela mídia.
Como foi dito anteriormente, este trabalho foi realizado durante 4 anos, nos quais a autora constatou uma mudança no comportamento dos alunos, que segundo a mesma, ocorreu uma diminuição na agressividade dos alunos e favoreceu ao desenvolvimento do senso coletivo dos mesmos, mostrando assim a importância dos estudos sobre movimentos sociais nas salas de aula.
Infelizmente cremos na impossibilidade de realização deste tipo de projeto, pois a falta de recursos governamentais disponíveis para a educação são obstáculos que dificultam o ensino no Brasil.

O Movimento dos trabalhadores sem terra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social que surgiu da reunião de vários movimentos populares de luta pela terra, os quais promoveram ocupações de terra nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, na primeira metade da década de oitenta. Oficialmente, a fundação do MST aconteceu em 24 de janeiro de 1984, na cidade de Cascavel, no Estado do Paraná, por ocasião da realização do Primeiro Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, com 80 representantes de 13 Estados, e reforçado no I Congresso Nacional realizado em Curitiba, em 1985, também no Paraná: lutar pela terra, pela Reforma Agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados nem exploradores, era a defesa do movimento. O MST é um movimento que se caracteriza por três momentos históricos: o primeiro diz respeito à articulação e organização da luta pela terra (com o intuito de construir um movimento de caráter nacional), o segundo é o processo de constituição do MST como uma organização social e o terceiro é a luta por um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil.
A Comissão Pastoral da Terra (CTP), criada pela Igreja Católica na década de 1970, teve um papel importante na fundação do movimento e foi ela quem fez o primeiro trabalho de conscientização dos camponeses.
No ano de 1985 o então presidente José Sarney aprova o Plano de Reforma Agrária, onde os movimentos tiveram uma grande conquista: os artigos 184 e 186 da Constituição de 1988 fazem referência à função social da terra e determina que quando for violada, a terra seja desapropriada para fins de reforma agrária.
O movimento ganha força e expandi para todo o país, áreas improdutivas são ocupadas como forma de pressionar o governo para que seja feita a desapropriação. Tanto nos acampamentos como nos assentamentos a educação de crianças e a alfabetização de adultos é um tema de grande preocupação do movimento, cujos esforços têm dado resultados satisfatórios. São conquistas de uma luta coletiva na quais muitas pessoas também perderam sua vida, seja no dia a dia da violência do latifúndio, seja em massacres mundialmente divulgados, como o caso de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, onde vários integrantes do movimento perderam suas vidas em um confronto com a polícia daquele Estado. As conquistas deste movimento encorajaram outros grupos a formarem movimentos sociais organizados, para reivindicarem melhores condições de vida na zona urbana, ocupações de terrenos como forma de pressionar a construção de moradias populares são exemplos que encontramos em vários centros urbanos.
Mais de duas décadas se passaram desde que 80 representantes de organizações camponesas se reuniram em um galpão de uma Igreja de Cascavel no Paraná, o movimento expandiu a cada ano suas lutas e conquistas. Estes trabalhadores perceberam ao longo da trajetória que não basta democratizar a terra é preciso resgatar a dignidade do camponês, democratizar o capital com a organização de cooperativas e levar a educação e cidadania para população do campo.
O MST tem chamado a atenção dos diversos segmentos da sociedade por apresentar determinadas características que o distinguem em sua trajetória de movimento social de trabalhadores e trabalhadoras do campo, por isso através deste movimento a sociedade passou a dar mais atenção para a questão da Reforma Agrária no Brasil.



A utilização do instrumento de ensino: o Fórum Simulado

A partir do texto Estudando os movimentos sociais: uma experiência de estudo do meio no MST (GOMES, 2002) e das reflexões realizadas sobre os movimentos sociais no Brasil, optamos como instrumento de ensino artigos de jornais em que é abordado o tema.
Com o objetivo de explicar o que são os movimentos sociais, como ocorrem e quais os agentes sociais envolvidos na questão, propomos realizar o “Fórum Simulado”, cujos objetivos são estudar e debater um tema, levando todos os participantes do grupo a se envolverem e tomar uma posição, exercitar a expressão e o raciocínio, além de desenvolver o senso crítico do aluno.
Primeiramente, selecionamos os artigos que abordam a questão, no caso foram quatro artigos, procurando observar se os mesmos atendiam os requisitos necessários para a melhor realização do fórum simulado.
Serão necessárias três aulas de cinqüenta minutos cada, já que na primeira aula será abordado o tema, enfatizando o processo histórico dos movimentos sociais no Brasil, como eles se concretizaram e quais as implicações sócio espaciais para o país, além a necessidade em se realizar uma política eficiente de Reforma Agrária e quem são os agentes envolvidos na questão fundiária do país.
No final da primeira aula será explicada a atividade de fórum simulado bem como a divisão da classe em três grandes grupos, o grupo que defenderá a visão de quem está engajado no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cujo artigo de jornal relacionado é Presos suspeitos da morte de líder sem-terra (FOLHA DE LONDRINA, 2008). O segundo grupo está relacionado com o artigo Sem-terra invadem fazenda do grupo de Dantas no Pará (FOLHA DE SÃO PAULO, 2008), que defende a posição dos grandes latifundiários e da mídia, dos quais são contra os movimentos sociais. E o terceiro grupo, o júri, relacionam-se com os artigos A questão agrária no Brasil (FOLHA DE LONDRINA, 2008) e Sobre a questão agrária no Brasil (FOLHA DE LONDRINA, 2008). Vale ressaltar que todos os grupos receberão todos os artigos de jornais para melhor fazer a defesa no momento de debate e que será escolhido um representante de cada grupo para realizar as discussões, podendo também os demais opinar acerca do tema, sob a organização do professor.
Na segunda aula os alunos lerão os artigos de jornais e textos do livro didático sobre o tema, para então se articularem e organizar os argumentos para que na terceira aula se realize o fórum simulado.

Passo a passo da construção e aplicação do instrumento de ensino: artigos de jornais

Na confecção do instrumento de ensino, artigos de jornais, foram necessários reportagens de jornais ou revistas que discorram sobre o tema abordado, no caso, sobre os Movimentos Sociais no Brasil. Na atividade foi pedido aos grupos que elaborassem um pequeno texto abordando o tema e opinando sobre o mesmo. Após cada grupo leu o seu texto (ver anexo) e argumentaram sobre o tema, para que houvesse então a discussão por intermédio do professor, que auxiliou na organização dos argumentos sobre o tema.

Após a seleção dos artigos de jornais houve o recorte dos mesmos para serem colados em folhas do tipo A4 individualmente.

Após o recorte dos artigos de jornais houve a colagem dos mesmos em folhas do tipo A4.
Para a aplicação do método de ensino, o Fórum Simulado, dividimos a classe em três grandes grupos: o que defendem a visão do proprietário de terra, o que defendem os integrantes do MST e o grupo do Júri que avaliará os argumentos dos demais grupos, conforme as fotos a seguir.

Colocando em prática o Fórum Simulado: após os dois grupos argumentarem sobre o tema, o júri deu suas opiniões a respeito.

Em suma, a atividade de Fórum Simulado obteve resultados positivos, pois todos opinaram e participaram da atividade proposta. Além das discussões realizadas, o Fórum Simulado também contribuiu para a melhor interação entre a classe.

Conclusão

A partir da análise e reflexão do texto de Gomes (2002) e da elaboração do fórum simulado junto ao instrumento de ensino, artigos de jornais e revistas, sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), podemos perceber quão a importância a realização deste tipo de dinâmica na sala de aula, pois a mesma desenvolve no aluno a capacidade de argumentação e expressão, além da formação do senso crítico e a aquisição de maior conhecimento sobre os movimentos sociais em nosso país.

Bibliografia

GOMES, S. de C. Estudando os movimentos sociais: uma experiência de estudo do meio no MST. In: PONTUSCHKA, N. N. OLIVEIRA, A. U. (orgs.) Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002. p.141-148.
MAGALHÃES, J. C. Sem-terra invadem fazenda do grupo de Dantas no Pará. Folha de São Paulo, São Paulo, 26 jul. 2008. Caderno Brasil, p.A4.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. Quem somos. 04 set. 2007. Disponível em:
<
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=4151>. Acesso em: 15 ago. 2008.

POMBO, L. Presos suspeitos da morte de líder sem-terra. Folha de Londrina, Londrina, 1 abr. 2008. Caderno Geral, p.7.

PROCHET, M. Sobre a questão agrária no Brasil. Folha de Londrina, Londrina, 12 abr. 2008. Caderno Opinião, p.2.

RODRIGUES, V. E. A questão agrária no Brasil. Folha de Londrina, Londrina, 11 abr. 2008. Caderno Opinião, p.2.

VIEIRA, C. E. SÁ, M. G. Recursos didáticos: do quadro-negro ao projetor, o que muda? In: PASSINI, E. Y. (org.) Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. p.101-116.


Artigos e textos elaborados

Planos de aula

Planejamento detalhado de aulas simuladas

PLANO DE AULA

Data: 11/06/2008.
Série: 6ª série.
Tema: Vegetação do Brasil.

Objetivos

Ensinar os diferentes tipos de vegetação brasileira, bem como suas características e suas interações com o clima.


Procedimentos

Primeiramente irei expor a matéria no quadro, dividindo-o em 9 partes, uma para cada tipo de vegetação, colocando os conceitos básicos de cada vegetação e depois farei um aula expositiva com o auxílio do livro didático.


Recursos

Quadro-negro, giz e livro.


Conteúdo

Floresta Amazônica

Planícies inundáveis, com mata firme, várzeas e igarapés. Ocupam 40% do território brasileiro, hoje devido ao desmatamento esta porcentagem diminuiu.

Mata Atlântica

Vegetação rica e com grande diversidade, ocorre nas regiões costeiras do Brasil, acompanhada de um clima úmido devido aos ventos alíseos de sudeste. É a mais devastada das vegetações brasileiras.

Caatinga

Vegetação adaptada a pouca água, sem folhas ou com poucas folhas, com raízes na superfície para absorver ao máximo a água das chuvas. É uma região seca devido ao fator de que os ventos alíseos são muitos fortes e não trazem umidade para a região. Ela ocorre no Nordeste brasileiro, pegando os Estados de Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.

Mata de Cocais

Mata de transição entre a floresta amazônica e a caatinga. Espécie predominante é o Babaçu.

Cerrado

Formação típica do Centro-Oeste, parte norte, sudeste e nordeste brasileiro. Possui duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa. As árvores de vegetação arbustiva são tortuosas e espaçadas, lembrando as árvores de regiões semi-áridas, mas são adaptadas a retirar água de profundidades elevadas, mais de 15 metros.

Pantanal

Vegetação complexa da planície alagada do Pantanal Mato-grossense, apresenta espécies de florestas, de cerrados e de campos.

Mata de Araucárias

Única vegetação de coníferas do Brasil e são as que menos constituem a formação tropical do Brasil. Ocorre em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente. Elas ocorrem devido as baixas temperaturas na região e são a vegetação de transição do clima tropical para o subtropical.

Campos

Ocorre principalmente em Rio Grande do Sul. Vegetação gramínea, geralmente junto com matas subtropicais e florestas de Araucárias.

Bibliografia

CASTELLAR, S. MAESTRO, V. Geografia. 6ª série: leitura cartográfica território brasileiro ocupação, formação população. São Paulo: Quinteto Editorial, 2001.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Paisagens do Brasil. n.2. Rio de Janeiro: IBGE, 1972.

ROSS, J. L. S. (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.

SILVEIRA, I. A Geografia da Gente: água, meio ambiente e paisagem. v.2. São Paulo: Ática, 2003.

Planejamento detalhado de aulas simuladas

Planejamento detalhado de aulas simuladas

Vivência docente

INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo principal compartilhar os nossos conhecimentos adquiridos na observação de estágio obrigatório da disciplina de geografia, de modo que o mesmo foi orientado pela professora Doutora Rosely Sampaio Archela, professora da disciplina de Estagio em geografia e vivência docente na Universidade Estadual de Londrina, mais conhecida como UEL.
Para a realização do estágio foi escolhido inicialmente o Colégio Estadual Professor Newton Guimarães, situado na cidade de Londrina, mais precisamente na Vila Brasil. Para conseguir a autorização do colégio para a realização do estágio foi necessário a criação e aceitação de um plano de estágio, mostrando os nossos objetivos, justificativas e outros elementos importantes em nosso interesse em realizar o estagio no colégio.
O estágio foi realizado no período noturno, e durante o estágio foi possível observar a infra-estrutura da escola, bem como as características das salas analisadas, em especial duas, sendo que uma do segundo ano do ensino médio e uma do terceiro ano do ensino médio, e o modo como o professor desenvolveu o conteúdo, administrou e controlou as salas de aula.


Caracterização da Escola.

O Colégio Estadual professor Newton Guimarães está localizado, como já foi dito antes, em Londrina-PR, na Vila Brasil, bairro próximo ao centro da cidade, na Rua Guarujá.
Este colégio em especial tem uma forte ligação com o bairro e com a cidade como um todo, pois este colégio foi fundado em 1948, sendo que o mesmo completou este ano sessenta anos de funcionamento, de modo que Londrina completou no ano passado, setenta e três anos de fundação, sendo um colégio de grande importância para a cidade até os dias de hoje, pois mesmo com a sua capacidade máxima de alunos, o colégio ainda tem uma fila de espera com mais de 400 crianças e adolescentes querendo ingressar no mesmo.
O colégio conta com um grande número de professores com alto grau de capacitação e também um bom número de funcionários para realizar tarefas como cuidar da portaria, realizar a limpeza do colégio, preparação da merenda, para cuidar dos afazeres da secretaria entre outras funções importantes do colégio.
Com relação à estrutura física do colégio, ele possui ótimo estado de conservação, com a realização de reformas recentemente, possui carteiras em ótima qualidade, retro projetores, e uma sala com data show, usado constantemente pelos professores. O colégio ainda possui uma quadra recém pintada, com cobertura.


A história de vida do professor e sua relação com a geografia

O professor que ministrou as aulas de Geografia do período observado, durante o trabalho não irei citar nomes de turmas e pessoas do colégio, sempre gostou de geografia, mas inicialmente se formou em agronomia para então nos anos 90 se formar em geografia, fez o concurso, passou e começou a dar aula.
Segundo o mesmo, o trabalho como professor é atualmente mal recompensado. A educação é de grande importância para a formação do cidadão, e professor é a primeira pessoa fora da família a formar o indivíduo. Este, segundo o professor, é o ponto mais gratificante da profissão. E afirma que esta não é uma das prioridades do governo atual.
Foi perguntado sobre suas visões sobre a geografia, o que acha da mesma, e ele respondeu que a matéria em si é muito gratificante. E uma de suas funções seria mostrar o avanço capitalista, e de que modo analisar as vantagens para o bem da sociedade. Mostrar para os alunos as opções, como por exemplo, o socialismo e capitalismo, para eles decidirem o que devem acreditar.
Planejamento de aula

Em relação ao planejamento das aulas, foi nos dito que foi realizado e entregue a diretoria para a avaliação no início do ano, e por um erro de minha parte, não pedi o acesso ao planejamento, mas creio que se pedisse seria fornecido a mim tal documentação.
Mediante ao que foi visto nas aulas observadas, como disse anteriormente foram estudadas 2 salas, que serão denominadas de sala “A” e sala “B”, pois não é o objetivo deste trabalho classificá-las para dizer qual é melhor ou pior, mais sim verificar e apreender com as diferenças entre as mesmas e o modo como o professor conseguiu administrar as salas e passar o conteúdo com clareza, e que a meu ver, foi transmitido com facilidade devido ao bom comportamento e interesse de ambas as salas.
Durante o estagio de observação pode ser visto, mesmo que não se referisse aos autores ou aos conceitos, um referencial bibliográfico de grande qualidade, como o conceito de Meio técnico cientifico informacional de Milton Santos, que seria o melhor exemplo, pois o professor passou com clareza, mesmo que “ocultamente”, pois não citou o Milton Santos propriamente dito, mas passou um conceito difícil até para universitários, para alunos do ensino médio e os mesmos parecem ter entendido o significado do conceito.
O estágio de observação ocorreu no período noturno, como já havia sido dito antes, durante 5 dias em fomos 3 vezes na segunda-feira e 2 na terça-feira, pois os horários de aula do professor se encaixavam nesses dias. Pode ser visto que a sala “B” estava estudando os conceitos de população, como pirâmide etária, expectativa de vida entre outras, e a sala “A” sobre os conceitos globais, como blocos econômicos mundiais, o avanço tecnológico mundial entre outros que serão discutidos no próximo tópico.

Relatório das aulas

1º aula (sala “B”)

Inicialmente, o professor espera todos os alunos se acomodarem em seus respectivos lugares, pois neste colégio o mapeamento é seguido a risca, para então começar a aula com a chamada,
Após a acomodação e realização da chamada, o professor passa algumas informações no quadro sobre alguns conceitos de Geografia da População, dados principalmente, e qual é o tema desta primeira aula.
No caso da aula do dia estudado foi sobre os respectivos temas: Estrutura e Pirâmides Etárias, Expectativa de Vida, Taxa de Mortalidade e de Natalidade e Crescimento Populacional. Sempre fazendo interações com os alunos, a partir de perguntas relacionadas ao tema ou então com exemplos que envolvem o conhecimento dos alunos. Através disto, o professor consegue chamar a atenção dos alunos, fazendo com estes fiquem atentos ao conteúdo e desperte a curiosidade sobre o tema.
O professor possui o domínio do conteúdo e o manejo de sala necessário para que sua aula se torne excelente. O mesmo possui uma postura crítica, que procura fazer com que seus alunos reflitam sobre a realidade vivenciada pelos mesmos. Com isso, creio que não seja necessário dar sugestões ou fazer críticas em relação à aula observada.

2ª aula (sala “A”)

Da mesma maneira da aula anterior, o professor realiza o mesmo procedimento de acomodação e realização da chamada, bem como o desenvolvimento do conteúdo, independentemente da série, embora diferencie o nível de abstração e complexidade do tema para cada série.
A segunda aula teve como tema “Crises econômicas na Globalização”, em que faz um apanhado geral das principais crises que afetaram diferentes países, em quais momentos da história elas ocorreram e o porquê delas.
Este professor demonstrou até agora que possui o domínio do conteúdo e um ótimo controle da sala de aula para o bom andamento da mesma. E em todas as aulas observadas o mesmo conservou seu caráter crítico a partir da realidade do aluno.
Com isso, não se faz necessário a repetição destes quesitos no relatório das próximas aulas, já que o professor possui um padrão de aula que foi usado em todas as aulas, que é primeiro passar no quadro o conteúdo sintético acerca do tema, para então explicá-lo de forma acessível ao entendimento do aluno.

3ª aula (sala “B”)

O tema desta aula foi “Evolução da População Brasileira”. Utilizando o quadro-negro, o professor expôs alguns dados referentes às Taxas de Natalidade, Mortalidade, de Crescimento e de Fecundidade dos Censos Demográficos de 1872, 1970 e 2001, de modo que o mesmo tenta procurar correlacioná-los e explicando o porquê destes dados, que no caso se mostram bem diferentes entre si.

4ª aula (sala “A”)

O tema da aula foi sobre “Blocos Econômicos”, em que o professor apenas passou no quadro alguns Blocos Econômicos Mundiais, como a ALCA e o MERCOSUL por exemplo, e qual são suas características econômicas, já que não conseguiu passar alguns mapas referentes ao tema com o recurso do Data-Show, pois o arquivo digital possuído pelo mesmo não tinha o programa que o fizesse rodar no computador que estava conectado o data show, tomando todo o tempo da aula tentando abrir o arquivo.
Os blocos econômicos abordados foram: União Européia (U.E.); Cooperação econômica Ásia-Pacífico (APEC); Comunidade dos Estados Independentes (CEI); Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN); Pacto Andino e Mercado Comum do Caribe de língua inglesa (CARICOM).

5ª aula (sala “B”)

O tema desta aula foi “Indicadores Populacionais no Brasil”. Nela, o professor passou uma tabela no quadro-negro com alguns indicadores relacionando-os numericamente com as etnias negra, branca e parda. Primeiro o professor explicou o que são indicadores populacionais e quais são eles. Toda esta explicação se deu de forma bem simples e didática, para depois explicar os números e relacioná-los com as etnias e o poder aquisitivo e até mesmo usando como exemplo a sala de aula para demonstrar os números trabalhados.



6ª aula (sala “A”)

O tema da aula foi a “Explosão Tecnológica”, nela o professor fez uma linha do tempo com os mais importantes inventos com suas respectivas datas de invenção que proporcionou o processo de Globalização e como isto afetou o mundo e as pessoas inseridas neste processo, de modo que foi claro ver indiretamente a presença do meio técnico cientifico informacional de Milton Santos.

7ª aula (sala “A”)

O tema da sétima aula foi o “Uso da Internet”. Nela o professor demonstrou as grandes diferenciações entre os países que possuem este recurso e como isso implica em sua economia e os problemas que dele decorrem, como por exemplo, as várias instâncias da exclusão, como econômicas, sociais, tecnológicas, ambientais, entre outras que fazem com que haja diferenciações entre os países.

8ª aula (sala “B”)

Nesta aula o tema discutido foi a “Ocupação do Território Brasileiro”. Nesta aula o professor mostra o papel do índio neste processo e como ocorreu o processo de “extermínio”, além de mostrar qual é a realidade dos mesmos atualmente, de modo que alguns ainda continuam sofrendo pelo passado de seus ancestrais, outros utilizam de suas heranças ancestrais para tirar proveito da sociedade atualmente, usando como exemplo, segundo o professor, um personagem bem conhecido da feira da lua que ocorre nas quartas-feiras, que seria um índio conhecido como “tatuzinho” que faria tráfico de drogas, mas não pode ser preso devido ao um artigo da lei que diz que os índios não são responsáveis por seus atos.
Também faz a distinção entre os grupos indígenas ente: isolados, que não possuem contato algum com a “civilização” até passar pelo grupo do contato permanente, que são os índios que convivem com a “civilização”. Além de dar exemplos de grupos indígenas brasileiros correspondentes a cada grupo.

9ª aula (sala “B”)

Esta aula é continuação da aula 8, que é o estudo da ocupação do território brasileiro. Nesta aula o professor mostra distinção entre os povos que ocuparam e organizaram o país desde seu descobrimento até hoje, desde os índios, portugueses, africanos aos europeus, no século XIX. Buscou passar as heranças deixadas pelos mesmos para a população brasileira atual.

10ª aula (sala “A”)

O tema da aula foi “Globalização e a Exclusão, e Xenofobia”. O objetivo do professor nesta aula, era de mostrar as conseqüências negativas do processo de Globalização, a exclusão, nos diferentes níveis em que ocorre; além acrescentar neste processo, a Xenofobia, explicando o que é xenofobia, os principais exemplos deste processo e suas implicações na sociedade.

Conclusão

Após o estágio de observação, foi possível para eu apreender metodologias e técnicas para controlar e passar o conteúdo com clareza para os alunos e facilidade para o professor. Também pude ver o nível de educação dos neste colégio, devo dizer que me surpreendi, pois com conversas com colegas de sala, eu esperava que também seria mais um a dizer sobre salas que fazem muita bagunça e não respeitam o professor, coisas que pelo eu constatei, não acontecem no Colégio Estadual Professor Newton Guimarães, de modo que é posto um controle de disciplina e educação em todos os alunos para formarem melhores cidadãos.










2ºSemestre

Introdução

Este texto refere-se ao relatório de Estágio de Observação realizado no Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, em cinco turmas do Ensino Fundamental, da disciplina de Geografia, 6ª série, com a carga horária de 10 horas/aulas, no qual o mesmo foi realizado durante o mês de Outubro de 2008. O colégio situa-se no Parque das Indústrias, zona Sul de Londrina – PR. O estágio foi realizado no período vespertino e, durante o estágio foi possível observar a infra-estrutura da escola, bem como as características das salas de aula e dos alunos, além do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem no decorrer das aulas, ministradas por um professor desta mesma escola.

Caracterização da Escola

O Colégio Estadual Albino Feijó Sanches foi fundado em 1978, e este ano estará completando 30 anos de funcionamento. Sua infra-estrutura atual encontra-se em baixa qualidade, com vidros quebrados, ventiladores sem funcionar, ou mesmo problemas com a fiação elétrica. Em relação aos professores, são profissionais de alta qualidade, que procuram sempre se atualizar, fazendo parte de cursos ofertados pela Universidade Estadual de Londrina e outras entidades locais.
A HISTÓRIA DE VIDA DO PROFESSOR E SUA RELAÇÃO COM A GEOGRAFIA O professor de Geografia do colégio que concedeu a permissão da realização do Estágio de Observação sempre gostou de geografia, formou-se em Geografia em 1995.
Segundo o mesmo, para ser um bom professor é preciso ter comprometimento e principalmente gostar do que faz, a pesar de atualmente o profissional de educação ser mal remunerado pelo governo.
Também acredita que a educação é de grande valia na formação do indivíduo cidadão, e isto, para o professor, é muito gratificante para o educador.A Geografia, para o professor é uma das disciplinas de grande importância, pois auxiliar na compreensão da realidade dos alunos.

Planejamento de Aula
O planejamento das aulas é realizado no início do período letivo, junto à direção e supervisão do colégio. Para tanto, foram utilizados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), já que o mesmo é de grande importância neste processo de desenvolvimento e direcionamento do conteúdo a ser abordado em sala de aula.
Durante a realização do Estágio de Observação pode-se ver que o professor procurou chamar sempre a atenção dos alunos, com curiosidades acerca do conteúdo abordado. Todas as aulas observadas, a Região Nordeste foi tida como tema da aula, pois como foi dito anteriormente, o estagio abrangeu as 6º series do colégio também anteriormente citado.



Relatório do Estágio

Foi realizado o Estágio de observação durante o mês de Outubro, no qual tinha como carga horária 10horas/aula. Por coincidência o professor observado dava aulas apenas para 6º series nos dias do estágio, sendo que em todas as 10 aulas observadas abrangeram como conteúdo a região Nordeste, de modo que a principal diferença foi entre as próprias turmas, pois o conteúdo aplicado foi o mesmo que havia sido estipulado no planejamento de aula no início do ano.
Para a realização das aulas sobre o Nordeste, o professor usou uma fita de vídeo sobre o Nordeste, no qual para estimular o senso crítico dos alunos, pediu para que fizessem anotações sobre o filme, e provocou uma discussão sobre o que a fita de vídeo não mostrava, como os problemas sociais e econômicos na região, ou mesmo o fato de que o filme não mostrou quase nada do agreste e sertão nordestino. Após a discussão o professor então reservou uma aula para que os alunos fizessem um trabalho sobre os pontos positivos e negativos do Nordeste.
Um fato interessante revelado pelo professor observado, é que as salas onde existem um maior número de alunos reprovados coincidem com as piores turmas, pois os mesmos na maior parte da aula ficam com conversas paralelas, e a melhor turma vista, melhor comportada, com melhores notas, não possuía nenhum aluno reprovado.

Conclusão

A partir da realização do Estágio de Observação pode-se vivenciar a prática docente de um ângulo diferente, o do professor, já que este proporcionou um melhor entendimento de como se dá o exercício docente. Pode-se constatar que o colégio possui pouca infra-estrutura, porém possui profissionais competentes para o exercício da educação.O professor se faz muito importante no processo de desenvolvimento do aluno, já que é o professor quem vai direcionar, além da família, a conduto do aluno incutindo nele, um caráter reflexivo de sua realidade, para então poder intervir e melhorar suas condições de vida.

Avaliação

Acredito que a disciplina Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente é de grande importância para compreender as metodologias e maneiras de preparar e aplicar a matéria com a certeza de que os alunos aprendam.
Mas, particularmente, eu não acredito que as maneiras que tem sido aplicada nas aulas simuladas são prováveis de serem realizadas nas escolas públicas, pois são raras as escolas onde possui recursos como o Data-Show ou DVD para ser utilizado nas aulas e mesmo as que têm são poucos em relação ao número de professores que irão utilizá-los.